quinta-feira, 18 de agosto de 2011

O BRASIL NA SEGUNDA GUERRA MUNDIAL


”A cobra vai fumar” e “Senta a pua!”, slogans que incentivaram os militares brasileiros na Segunda Guerra.
De 1939 a 1945 o mundo viveu a Segunda Guerra Mundial. Duas forças se enfrentavam: o Eixo, formado por Alemanha, Itália e União Soviética e os Aliados, formados por Inglaterra, Estados Unidos e União Soviética.
Apesar de o Brasil possuir afinidade com os regimes nazi-fascistas, também possuía adeptos dos Aliados, então Vargas preferiu permanecer em posição de neutralidade, o objetivo do presidente era obter recursos externos de ambos as forças para a industrialização do país. Outra visão considera a posição de Vargas frente à Guerra seria que a posição favorável a Alemanha poderia comprometer o desenvolvimento econômico do país, uma vez que os nazistas, apesar de avançarem na Europa, tinham na América do Sul um interesse secundário. Ao contrário, a defesa dos interesses dos EUA, quer dizer, das "democracias" contra o nazi-fascismo, poderia comprometer a sua ditadura no país.
A partir de 1941 o Brasil passou a fazer acordos para apoiar os Aliados, comprometendo-se a fornecer produtos indispensáveis na guerra como à borracha e o minério de ferro, e permitiu que militares estadunidenses fossem enviados para o Nordeste do país (o interesse dos norte-americanos pelo Nordeste era devido a facilidade de alcançar a África e garantir o suprimento de matérias-primas a indústria bélica), em troca os norte-americanos cederiam armamentos ao Brasil, mas principalmente a concessão de créditos e assistência técnica para implantar as indústrias siderúrgica e bélica no país.
A Alemanha logo reagiu aos acordos realizados entre o Brasil e os Aliados. Durante seis meses submarinos alemães atacaram nove navios brasileiros, matando cerca de 600 pessoas. A agressão causou grande indignação na população brasileira que saíram as ruas pedindo guerra e vingança contra os alemães.
Em 31 de Agosto de 1942 o Brasil declarou guerra ao Eixo, e dois anos depois partiram para lutar na Itália as primeiras tropas da Força Expedicionária Brasileira (FEB), ou “pracinhas” como eram chamados popularmente. O Brasil participou de batalhas como as de monte Castello, Castelnuovo, Collechio e Fornovo. Em 1945 terminava a Segunda Guerra Mundial com a vitória dos Aliados e conseqüentemente do Brasil.
A participação da guerra deixou clara a contradição de lutar contra as ditaduras européias quando havia um ditador no Brasil, isso foi um ponto a favor para os grupos liberais aqui existentes.
Percebendo a agitação política existente no país Vargas se antecipou permitindo algumas aberturas como a volta dos partidos políticos, marcou a eleição presidencial e concedeu anistia ampla a todos os condenados políticos. Assim renascia a vida partidária no Brasil.
Nas eleições marcadas para 2 de dezembro concorreriam 3 candidatos: Eurico Gaspar Dutra, o brigadeiro Eduardo Gomes (durante a campanha mulheres favoráveis a Eduardo faziam um docinho que distribuíam aos eleitores este recebeu o nome de brigadeiro tornando-se um doce muito comum entre a população ate os dias de hoje) e Yedo Fiúza.
Nesse contexto surgiu o Queremismo, um movimento popular que pedia a permanência de Vargas no poder, foi apoiado pelos membros do PTB e do Partido Comunista. Publicamente Vargas apoiava Dutra, mas estimulava o Queremismo.
O Exército temia a aproximação de Vargas com os Comunistas, assim, a nomeação de seu irmão Benjamin para o cargo de chefe da policia do Distrito Federal foi o estopim do golpe militar que tirou Vargas do governo. A presidência foi entregue temporariamente a José Linhares, era o fim do Estado Novo.
Aceitando o golpe, Getúlio retirou-se para sua fazenda passando a idéia de que era um líder político favorável ao regime democrático. Essa estratégia e o amplo apoio popular, ainda renderam a ele um mandato como senador, entre 1945 e 1951, e o retorno democrático ao posto presidencial, em 1951. Quando Vargas voltou ao poder, dessa vez pelo voto do povo, criou outros aspectos de desenvolvimento do país como a Petrobrás, intervencionismo estatal para a modernização do Brasil, entre outros, porem seu mandato foi interrompido por um triste fato ocorrido devido a pressões de diferentes grupos sociais, Vargas suicidou-se.

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